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    quarta-feira, maio 25, 2005

    SOBRE BRECHÓS E CADÁVERES

    No último fim de semana, cometi um homicídio premeditado. Matei a Ana-advogada que ficava vigiando meus passos e assombrando meus sonhos noturnos.
    Juntei o cadáver e todos os seus pertences e levei a um brechó, pra ver se conseguia uns trocados e me livrava das provas materiais do crime.
    E não era pouca coisa não: o vestido de noiva do primeiro casamento, uma dúzia de vestidos de festa próprios para eventos jurídicos, duas caixas com presentes de casamento jamais utilizados, uma mala cheia de roupas específicas pra fazer audiência e mais alguns livros de Direito.
    O resultado não foi dos piores. A dona do brechó (versão feminina de homens como meu pai, que é dono de um Ferro Velho) ficou com tudo e me deu duzentos reais em dinheiro vivo, ali na bucha. Ainda por cima, quando estávamos de saída, ela virou pro Augusto e disse:
    - Poxa, que mulher bonita essa que você tem!
    Ganhei meu dia, ou melhor, o mês inteiro.
    Afinal de contas, não é sempre que matamos alguém, lucramos duzentos reais pra ficar livre do cadáver e ainda ganhamos um elogio desses!!!

    segunda-feira, maio 23, 2005

    Com orgulho de ser brasileira

    Então tem essa companhia aérea que eu sempre preferi. Antes, por duas razões: a primeira era a comida, bem superior à das concorrentes. Mas atualmente ela serve o famoso amendoim com guaraná, então essa deixou de ser uma razão. Sobrou a outra: a qualidade das coisas “afanáveis”. Adoro afanar tudo dela: das revistas de bordo ao saquinho de vômito (que cabe exatamente num pote de toddy, transformando-o numa prática lixeira de mesa); dos jornais (que sempre trago para forrar a área do Quindim) ao assento descartável. Enfio vários no bolso e sigo por aí, sentando em qualquer lugar!!!
    Mas em minha última viagem, resolvi, para meu azar, prestar atenção na mensagem de boas vindas em inglês e criei uma birra séria.
    É que, no final da mensagem em português, a comissária de borda arremata com um padronizado “Uma empresa com orgulho de ser brasileira”. Entretanto, o final da mensagem em inglês diz apenas algo como “We´re proud to be your company”. Como é que é? Então o orgulho de ser brasileira é só pra quem entende português? Achei um orgulho um bocado fajuto...

    Nota surrealista: Atrás de mim, durante o vôo, um casal de punks: ela, cabelos azuis e uns 130 piercings, ele, cabelo quase moicano vermelho. E batiam papo vividamente sobre as vantagens de se fazer um plano de previdência privada que também era seguro de vida...

    Nota amór-bida: Eu percebi que, ao ir para o Rio, não me importo de pensar que o avião pode cair; mas ao voltar para a Ana, fico em pânico de pensar em desastre aéreo...

    terça-feira, maio 17, 2005

    Leite Condensado

    Meu cachorro foi ao salão de beleza no sábado.
    Voltou muito, muito fofo mesmo.
    Fizeram um penteado novo e ele ficou parecendo um imenso floco de algodão, todo branquinho, como a neve.
    Toda vez que eu olho pra ele me dá uma vontade enorme de comer a cocada branca da padaria que, aliás, parece sua irmã gêmea.
    Não sei quem foi que colocou nele o nome de Quindim. Com certeza, foi algum daltônico desavisado.
    A partir de agora, vou chamá-lo de leite condensado e não se fala mais nisso.

    terça-feira, maio 10, 2005

    Mascando Pandas

    A gente não pode nem almoçar em paz... Pois estava lá eu, comendo sossegado o meu bifinho, quando uma amiga ordenou apenas uma salada de palmito.
    - Regime? – fui infeliz ao perguntar. Começou então o discurso sobre a crueldade de se comer carne: a vaca é criada infeliz e abatida com métodos medievais terríveis...
    Agüentei bravamente mas por fim perdi a paciência. Ergui meu bife e disse:
    - Essa aqui é uma vaca. O homem “cultiva” ela há milhares de anos. Ela não é morta a machadadas e não correrá perigo de extinção.
    Soltei meu bife, ergui um palmito dela:
    - Esse é o palmito. É uma árvore selvagem e em extinção. Cada vez que você mastiga um, é como se estivesse mascando um panda...
    Soltei o palmito e voltei a comer. Mas acho que o discurso funcionou, posto que ela não acabou a salada.

    sábado, maio 07, 2005

    CONCURSO

    Esse post foi retirado em função de participação em concurso...