A pomba voltou, tomou seu golinho e continuou:
Então o homem casado há muito tempo contou ao recém-casado:
Entrei em casa temoroso. O elefante não estava na sala. Chamei minha esposa repetidas vezes, o que pareceu enlouquecer o elefante, que bramia ininterruptamente! Escondi-me na cozinha e percebi que o bramido vinha do banheiro. Pensando bem, eu reconhecia o som. Era a descarga da privada.
Ela havia, obviamente, disparado.
Fui até lá e bati na porta:
"Amor?"
Havia um nervosismo na voz de minha esposa que me incomodou. Sua resposta foi:
"Mas o que você está fazendo em casa tão cedo?"
E mais uma vez, pude ouvir a descarga.
"Me deixa entrar e olhar essa descarga que disparou?"
"Não!", ela gritou, "vá chamar o zelador".
Ora, minha mulher não é ninguém de se jogar fora. Nesse momento, passei a ter um ciúmes doentio. Ela estava com alguém no banheiro. E a privada não tinha disparado: eles provavelmente estavam tentando se livrar das evidências. Camisinhas com sabor de pêssego e textura na ponta, óleos de massagem e calcinhas de oncinha, tudo se recusando a descer pelo cano da privada!
E ela queria que eu fosse chamar o zelador para que o marinheiro pudesse fugir, é óbvio!
Esmurrei a porta com força! Eu podia sentir o cheiro do suor com sexo e água salgada que se desprendia dos corpos dos dois e atravessava as frestas da porta, chegando às minhas narinas dilatadas pela raiva. Era mesmo um marinheiro, mas não um comum: era um desses seres rastejantes que vivem nas salas de máquinas dos submarinos!
E agora ele estava nu, no meu banheiro, com a minha esposa!
Então uma chuva grossa espantou a pomba, forçando-me a esperar mais uma semana para saber o fim da história...