
"Ó, gato dos gatos! Sua face é como o plenílunio! Concede-me mais um tempo de vida e um gole de sua água, e lhe contarei outra história sobre a tolice humana".
Mais uma vez, desconfiei que ela me chamava de gordo, mas topei. Ela bebeu sua água, sentou-se ao beiral da janela e contou:
Ao chegar em casa, naquele dia, Ramalho encostou-se à porta da cozinha, enquanto procurava a chave nos bolsos. Pode escutar, então, o seguinte diálogo entre a empregada e sua esposa:
- Nooossa! Que homão você arrumou!!! - ouviu a empregada exclamar.
- Põe ele no armário do seu quarto - retorquiu a esposa, calmamente - que meu marido está para chegar...
Ramalho espumou de ódio. Abriu devagar a porta, tirou o cinto e, com ele, enforcou a esposa. Quando terminou, percebeu que a empregada estava paralisada de horror, olhando para ele da porta da cozinha. Arrancou a própria camisa, foi até ela - cúmplice da traição e testemunha do assassinato - e a enforcou com a camisa.
Então foi para o quarto da empregada. No caminho, tirou as calças pretendendo, com elas, enforcar o amante. Entrou no quarto, abriu o armário. Mas não havia nenhum amante lá. Apenas um enorme pacote de sabão em pó...
2 comentários:
Omão foi apelação hein? E já na segunda noite! Mais uma dessas e o gato engole esse canalha emplumado!
Ah, pelo menos elogia a figura, vai?
Postar um comentário