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    terça-feira, novembro 28, 2006

    Momento de Tietagem Pura

    Não gosto de shows. Acho que o CD é uma ótima invenção: a pessoa pode ficar lá repetindo até acertar e nos dar sua melhor performance. Então, pra que ir vê-la errar ao vivo?
    No entanto, nesse domingo, recebemos um convite (mais uma vez, obrigado, Macondos) para um show que me deixou empolgado. Badi Assad.

    No fim do show, a Ana, observando minha boca aberta e o filete de baba, me disse: Viu que show vale a pena???
    Eu respondi: Ana, a Badi é a exceção que confirma a regra. Se 10% dos shows tivessem o ensemble de virtuosismo e emoção que um show desses têm, eu iria, só pela chance. Mas a verdade é que 99,9% dos shows ficam muito abaixo dos cds, o que não é o caso da Badi.

    O paralelo que eu faço é o seguinte: eu não sei desenhar. Com muito custo, aprendi a fazer uns rabiscos e chamo isso de "meu estilo". É meu estilo porque é o único que eu sei fazer.
    Acho que a maioria dos músicos, hoje em dia, ou tem o "seu estilo", ou são escravos da técnica, como se o virtuosismo fosse o suficiente para fazer música (como é certamente o caso do João Gilberto).

    Não é o caso da Badi Assad. Ela consegue fazer a técnica ficar invisível. Não é que ela não esteja lá. Pelo contrário, está tão integrada a tudo que não é necessário nenhuma ênfase nela. O show é tão impecavelmente humano que até os erros se integram perfeitamente. Ela se dá ao direito de esquecer a música e pedir pra platéia ajudá-la a lembrar. "Canta aí, gente, como é que começa a Canção da Partida, do Dorival?"

    Sou fã da Badi. O resto do mundo pode vir em cd, mas a Badi! Ela, por favor, venha inteira!

    quarta-feira, novembro 22, 2006

    Graves desastres

    As calçadas de São Paulo são muito irregulares. É quase impossível andar em linha reta nessa cidade, sem correr o risco de desastres monumentais, como uma perna quebrada ou a queda de um boing.
    Afinal, alguém ainda tem dúvidas de que o acidente da Gol foi causado por algum desavisado que pisou na linha ou entre duas cores, numa dessas ruas mal-desenhadas de São Paulo?
    Graças a Deus, nossa consciência está limpa, aqui em casa. Sei disso porque, outro dia, passeando com a Ana - eu, na parte preta da calçada; ela, na branca; e com as mão dadas flutuando exatamente na linha de divisão - percebi que havia uma única pedrinha preta na parte branca. Apavorado, gritei:
    - Cuidado! Não vai pisar na pedra preta!!!
    E ela:
    - Claro que não! Tá achando que eu sou doida???

    Ufa...

    quinta-feira, novembro 09, 2006

    Caju

    - Seu Adolfo, pode me explicar o que é esse negócio laranjado no fundo do meu suco?
    - Éeeeeee... Um pedaço de caju, oras! Suco natural!
    - De manga.
    - O que?
    - Eu pedi um suco natural de manga.
    - Caju com manga! Tudo a ver, seu moço! Foi brindes.
    - Brindes?
    - É, o caju foi brindes do suco de manga, seu moço.
    - Ô, Seu Adolfo, percebeu que o 'brindes' tem perninhas???