Seguindo a onda de premiação dos meus amigos e pra não morrer de inveja deles, anuncio a vocês que também ganhei um prêmio! Fiquei em segundo lugar no XXX Concurso de Poesias da Ponto de Vista Literatura, disputando com 71 outras poesias. A poesia foi publicada na comunidade Café Literário (http://cafeliterario.multiply.com/journal) e (http://cafeliterario.multiply.com/notes/item/29), onde vocês poderão ver os outros finalistas, as poesias de todos os concorrentes (entre os quais está meu pai) e, é claro, o meu nome e os comentários à minha pessoa. A poesia premiada é esta, que faz parte do meu primeiro livro (ainda não publicado), "Cantos e Desencantos":
SEPARAÇÃO
Primeiro, separamos os corpos,
As bocas, as lágrimas.
Depois, vêm os objetos,
As roupas, os livros.
Quando é que vamos conseguir
separar os sentimentos?
Difícil dizer, impossível prever.
Agora, estou na sala
Separando os livros.
Fazendo a divisão
Entre os meus e os seus.
Meus, no máximo uns cem.
Seus, pelo menos uns mil.
Separo um por um
E sinto uma tristeza profunda,
Pois cada livro que você leu representa
Um beijo não dado,
Uma noite a menos de amor,
Um carinho não feito,
Um gozo não experimentado.
Sinto saudade do momento não vivido,
Do grito que ficou preso na garganta.
E tenho raiva, ódio destes livros-ladrões.
Na realidade, eles te roubaram de mim.
Eles, sim, tinham você o tempo todo,
Todos os dias, todas as noites, todas as horas.
Eu, não.
Sinto saudades, muitas saudades
Primeiro, separamos os corpos,
As bocas, as lágrimas.
Depois, vêm os objetos,
As roupas, os livros.
Quando é que vamos conseguir
separar os sentimentos?
Difícil dizer, impossível prever.
Agora, estou na sala
Separando os livros.
Fazendo a divisão
Entre os meus e os seus.
Meus, no máximo uns cem.
Seus, pelo menos uns mil.
Separo um por um
E sinto uma tristeza profunda,
Pois cada livro que você leu representa
Um beijo não dado,
Uma noite a menos de amor,
Um carinho não feito,
Um gozo não experimentado.
Sinto saudade do momento não vivido,
Do grito que ficou preso na garganta.
E tenho raiva, ódio destes livros-ladrões.
Na realidade, eles te roubaram de mim.
Eles, sim, tinham você o tempo todo,
Todos os dias, todas as noites, todas as horas.
Eu, não.
Sinto saudades, muitas saudades
Das noites de amor que não tivemos.
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