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    quarta-feira, maio 24, 2006

    INSÔNIA - 1ª parte

    Para o meu marido, Augusto

    Detesto vão de porta.
    Porta foi feita pra ficar aberta ou fechada. Não há meio termo. Nada de porta um pouco aberta. Vão de porta só serve pra meter medo na gente. E pra dar aquele arrepio fino e frio na espinha... Nem escuro ou bicho-papão fazem tão mal pra nossa alma.
    Pelo vão, sempre passam fantasmas horripilantes que roubam nossos sonhos noturnos. Se dermos azar, eles levam a nossa alma também. Aí pronto. O sujeito fica desalmado, com seus atos e pensamentos sendo controlados pelos seres do além. É um inferno danado pra voltar a ser como antes, pra recuperar a alma roubada. E haja banho de descarrego, promessas pra todos os santos, velas de Sete Dias acesas pela casa inteira.
    Pra evitar amolação, prefiro manter todas as portas da casa fechadas e trancadas. Que é pra não correr o risco de se abrirem com o vento ou com o sopro de algum fantasma ladrão de almas.

    14 comentários:

    Ana Grein disse...

    Queridos, depois de um longo e tenebroso inverso, eu estou de volta! Como o texto era grande, achei melhor dividir em duas partes. Portanto, o final não é "o" final. Não é muito meu estilo, mas fiz pensando no Gu e achei que ficou legal. Variar também faz parte do exerxício literário, né? Beijos a todos,
    Ana do Angu

    Ana Grein disse...

    Ai gente, é um longo e tenebroso inverno!!! Sorry!

    Ana Grein disse...

    Que coisa! Acho que enlouqueci nesse tempo que fiquei afastada do blog! Até "exercício" eu escrevi errado! Paciência queridos, paciência que eu volto pro prumo.

    Anônimo disse...

    Tudo bem Ana a gente entende que vc andou dormindo com a porta semi aberta kkkkkkkkkkkk
    Que bom que voltou, o blog de vcs é leitura obrigatória "diariamente".

    Augusto Galery disse...

    Amor, fecha direito essa porta!!! Quando não entra fantasma, entra o Quindim!!!

    Brena Braz disse...

    To precisando fechar um bocado de portas por aqui também, viu?!
    Eu sou ao contrário... as portas "arreganhadas"... aff
    :)
    Beijos
    Bom ver os dois de volta. Apareçam.

    Anônimo disse...

    Ei amores..

    estou aqui pra pedir.. eu podia estar roubando, matando..
    mas estou pedindo...

    tenho 8 irmãos pequenos em casa, minha mãe tá com a espinhela caída e meu pai tá ofendido de cobra...


    então... por favor.. me mostrem onde anda aquele texto dos amores/paixoes congeladas.

    beijos

    Augusto Galery disse...

    Ei, Khrisna,

    Eu ia amarrar o texto, mas como recusar alguma coisa pra alguém com o pai ofendido por cobra!!!

    Pois é, esse texto - Cardir - não tá publicado na Internet (até pq é bem grandinho e tá participando de uns concursos aí), então mando pro seu mail, ok?

    Se é que é esse mesmo que vc tá falando. Mas deve ser, pq sua digníssima irmã (que deve ser uma das 8 pequenas e pobres que vc citou aí) já leu e deve ter me dedado...

    Beijim,

    Gu do Angu

    Anônimo disse...

    Por isso e por outras razões, mantenho sempre minha porta fechada! Gostei desse angu, rsss...

    Vanessa disse...

    ai, meu deus, se eu mantenho as portas fechadas meus dois chefes reclamam, se eu mantenho abertas, a corrente de ar é grande.
    bom, já não tenho alma mesmo... vendi faz tempo, hahahahahahaha

    Ana Grein disse...

    Gente, legal vcs terem gostado do texto! Como ele é diferente do que costumo escrever, não sabia que tipo de impacto ia causar...
    Confesso que essa idéia de porta semi-aberta teve início com uma poesia que eu adoro, da Flora Figueiredo (do ótimo livro "Calçada de Verão", se não me engano), que é mais ou menos assim:

    "Não deixe portas entreabertas.
    Escancare-as ou bata-as de vez!
    Pelos vãos e frestas, passam medos
    ausências e muita insensatez!"

    O sentido é esse, mas não me lembro bem das palavras. Flora, desculpe o abuso de citar vc e ainda não citar corretamente...Mas adoro seus livros e recomendo todos eles!

    Hoje vou colocar a segunda parte do texto no blog, pra vcs lerem até o final, ok?

    Anônimo disse...

    "Não deixe portas entreabertas.
    Escancare-as ou bata-as de vez.
    Pelos vãos, brechas e fendas, passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez"
    Adoro essa poesia tbém e qdo lí o seu texto me lembrei dela. Muito bom!

    Ana Grein disse...

    Isso foi perfeito Jujug! Brigadão! E sabia que vc tem o nome da minha afilhada? O primeiro nome dela é Júlia, mas eu a chamo de Juju, e o segundo é Grein, o que dá Jujug!

    Ana Grein disse...

    E tbém é o nome do meu gato Jubileu!!! Só chamamos ele aqui em casa de Juju ou Jubijubi!