Saímos do restaurante sentindo o frio da noite. A chuva fina cutucava meu cucuruto. Olhei para o carro parado do outro lado da rua, as rodas do lado do passageiro mergulhadas na enxurrada.
Foi quando a Ana deu o grito! Olhei rua acima e vi o Iceberg descendo a enxurrada, o gelo branco parecendo sorvete de flocos, salpicado de fuligem de São Paulo...
Hesitei um instante. O que fazer? Como impedir que nosso Ka com a lateral amassada se tornasse o primeiro Titanic sobre quatro rodas? Então a Ana me sacudiu.
Peguei correndo a chave do carro, atravessei a rua entre os carros parados no sinal (molhei o traseiro ao me chocar com um Uno Mille prateado), minhas mãos tremiam ao tentar colocar a chave na fechadura, o Guguzinho* chupando dedo de medo enquanto o Iceberg se aproximava, majestoso...
Enfim, entrei no carro - o sinal já aberto e a rua agora vazia, para nossa sorte -, liguei-o e atravessei até o outro lado...
O Iceberg passou por nós e seguiu seu caminho, rumo ao norte.
De uma janela próxima, acho que ouvi Celine Dion...
(* Presente da Ales...)
Agora, só no twitter...
quarta-feira, novembro 17, 2004
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Arquivo do blog
-
▼
2004
(17)
-
▼
novembro
(13)
- O Rio de Janeiro
- Sua vida está por um fio?
- Pra que história de terror?
- Um Dia Daqueles
- O que vem na enxurrada
- DJ que é DJ...
- Versão otimista do "Vamos a la playa, oh ohoh ohoh"
- Vamos a la playa, oh ohoh ohoh
- O que nos olha do cesto
- CONCURSO
- Jogo de macho!
- Mineiros são proteicos e paulistas são carboidrantes
- Começando...
-
▼
novembro
(13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário