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    segunda-feira, maio 21, 2007

    1001 golins dágua, 9ª visita


    A pomba voltou, tomou seu golinho e continuou:
    Então o homem casado há muito tempo contou ao recém-casado:

    Entrei em casa temoroso. O elefante não estava na sala. Chamei minha esposa repetidas vezes, o que pareceu enlouquecer o elefante, que bramia ininterruptamente! Escondi-me na cozinha e percebi que o bramido vinha do banheiro. Pensando bem, eu reconhecia o som. Era a descarga da privada.
    Ela havia, obviamente, disparado.
    Fui até lá e bati na porta:
    "Amor?"
    Havia um nervosismo na voz de minha esposa que me incomodou. Sua resposta foi:
    "Mas o que você está fazendo em casa tão cedo?"
    E mais uma vez, pude ouvir a descarga.
    "Me deixa entrar e olhar essa descarga que disparou?"
    "Não!", ela gritou, "vá chamar o zelador".

    Ora, minha mulher não é ninguém de se jogar fora. Nesse momento, passei a ter um ciúmes doentio. Ela estava com alguém no banheiro. E a privada não tinha disparado: eles provavelmente estavam tentando se livrar das evidências. Camisinhas com sabor de pêssego e textura na ponta, óleos de massagem e calcinhas de oncinha, tudo se recusando a descer pelo cano da privada!
    E ela queria que eu fosse chamar o zelador para que o marinheiro pudesse fugir, é óbvio!
    Esmurrei a porta com força! Eu podia sentir o cheiro do suor com sexo e água salgada que se desprendia dos corpos dos dois e atravessava as frestas da porta, chegando às minhas narinas dilatadas pela raiva. Era mesmo um marinheiro, mas não um comum: era um desses seres rastejantes que vivem nas salas de máquinas dos submarinos!

    E agora ele estava nu, no meu banheiro, com a minha esposa!

    Então uma chuva grossa espantou a pomba, forçando-me a esperar mais uma semana para saber o fim da história...

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